O começo...
Para efeito histórico, o primeiro carro Low Rider do Brasil foi montado em Mogi das Cruzes, cidade com cerca de 350 mil habitantes situada a pouco mais de 60 km de São Paulo. O autor da façanha foi o nipo-brasileiro Sérgio Yoshinaga, que passou quase nove anos no Japão aprendendo as técnicas e truques do mais respeitado seguidor da arte no país, o criador e presidente do célebre car club “New Mafia”.
Ao retornar ao Brasil, trazendo na bagagem alguns kits de bombas hidráulicas, Sérgio interessou-se por dar um toque brasileiro à arte chicana que aprendera no Japão: comprou um Galaxie branco, ano 1968, que logo se tornaria o primeiro automóvel Low Rider do Brasil. A transformação se iniciou com a pintura do carro num indescritível tom de roxo (uma das características dos Low Riders são as cores inéditas, extravagantes), permanecendo apenas o teto do Galaxie na cor branca. Com o direito de trazer ao Brasil o nome New Mafia, Sérgio internacionalizou o mais respeitado car club japonês, criando o primeiro car club brasileiro, com o mesmo nome.
Mogi das Cruzes ficou pequena para a curiosidade: pela primeira vez, no Brasil, um carro atrevia-se a pular e dançar - sempre ao som de muito rap, é claro. Poucos meses após transformar um velho Galaxie no primeiro Low Rider brasileiro, Sérgio apresentou-se em programas televisivos, como o "Domingo Legal" (em que permaneceu vários minutos no ar) e "Ratinho Livre" (então na Rede Record), entre outros. No final de 1998, este mesmo Galaxie recepcionou o rapper norte-americano Shabbazz, do grupo Gravediggaz, quando o mesmo veio ao Brasil excursionar com Marcelo D2. Só não foi possível continuar promovendo este carro por problemas pessoais.
Após esse primeiro impulso, Sérgio ajudou o empresário Tatá, de São Paulo, a montar seus dois primeiros Low Riders, dois Impalas: um verde e outro dourado (ambos estampam encartes de alguns CDs, dos grupos RPW, Verbo Pesado e Estado Crítico, entre outros). Com a volta de Sérgio ao Japão em 1998, onde foi aprender mais técnicas do Low Riding, Tatá tornou-se forte referência para a arte chicana no Brasil, montando mais carros que pulam e dando origem a novos car clubs, incluindo o Vida Lôca (de Mano Brown) e o Vida Real, entre outros.
Panorama atual
No final de 2001, Sérgio Yoshinaga retornou do Japão, trazendo novos conhecimentos sobre a arte, além de novas tecnologias. Para tanto, espera poder difundir o Low Riding no seio da comunidade Hip-Hop, apesar de preconceitos que o rotulam como objetos de ostentação. O objetivo, agora, é demonstrar que o lido com carros pode tornar-se uma atividade (e até uma profissão) para jovens de periferia sem rumo, bem como outros ofícios criados pelo Hip-Hop, como DJs, produtores, engenheiros de som, grafiteiros, oficineiros de break (e grafite), entre outros.
Outro objetivo é demonstrar que ninguém vive de "neurose" 24 horas por dia, e que todos têm direito à diversão - e, acreditem, "dar um rolê" em um Low Rider ao som de rap é bastante divertido. Quanto aos que dizem que Low Riding é "coisa de americano" (como se o próprio Hip-Hop não fosse), devem saber que as informações sobre a origem dessa arte apontam para o México, um país tão pobre quanto o Brasil.
Fonte: Desconhecida (Se esse texto pertencer a você ou algum site, favor entre em contato conosco através do link contato em nosso menu, ou poste algum comentário com o link e o seu nome.)
O Lowrider no Brasil
segunda-feira, 12 de outubro de 2009 Postado por Airton - Tropa Sênior 299/RS às 11:55
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HOJE UM GRANDE TROXA DO MOVIMENTO
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